Estratégias para criar colaboração em sala de aula














Quer motivar seus estudantes e criar um ambiente desafiador que os mantenham engajados? Então, confira as dicas de estratégias para criar colaboração em sala de aula. E desenvolva essa valiosa habilidade do século XXI.
Durante o ano letivo, quantas vezes criamos atividades em grupo para os nossos estudantes? Quantas vezes escutamos queixas sobre companheiros de equipe preguiçosos? Quantas vezes criamos atividades e situações que exijam o envolvimento e a consulta entre eles (aos pares)?
Promover uma boa colaboração (eficaz) é tarefa árdua. Portanto, se quisermos uma verdadeira colaboração, precisamos intencionalmente concebê-la como parte da nossa atividade de aprendizagem. Para ajudar você nessa jornada, compartilhamos algumas estratégias (melhores práticas) para incentivar uma colaboração eficaz.

PREPARE ATIVIDADES DE APRENDIZADO COMPLEXAS

Estimular a colaboração demanda atividades com desafios complexos. Pois, se a atribuição é muito simples, os estudantes podem fazê-la facilmente sozinhos.
Portanto, é preciso criar um conjunto de atividades que possuam requisitos que funcionem como peças de quebra-cabeças. Exigindo a interação entre os estudantes para trabalhar em conjunto e compartilhar conhecimentos ao longo de todo o processo.
Logo, aprendizagem baseada em problemas complexos são desafiadores, envolventes, estimulantes e funcionam em múltiplas etapas. Nesse sentido, uma maneira de fazer isso é através de situações que demandem a identificação de um problema. Como por exemplo, propor soluções sustentáveis para o crescimento populacional em sua cidade, com proteção de espaços verdes existentes. Outro aspecto importante é realização de um planejamento que contemple pesquisa, diálogo, debate e cronograma para o desenvolvimento da ideia sobre a solução proposta consensualmente pela equipe.

CRIE AS CONDIÇÕES PARA FORMAR EQUIPE(S)

Desde a antiguidade, os grupos colaborativos, em geral, se reúnem de modo espontâneo em torno de um interesse comum. Com estratégias e papéis bem delimitados, esses agrupamentos tornam-se equipes eficazes que colaboram para alcançar o objetivo proposto.
Como parte desse processo de estratégias para criar colaboração em sala de aula, torna-se necessárias orientações e explicações sobre como trabalhar e se comportar como parte de uma equipe. É preciso ajudá-los a compreender o que é, como e por que colaborar. Podemos fazer isso de várias maneiras:
  • Ajudar os estudantes a compreender os benefícios da colaboração em diferentes contextos da vida.
  • Orientar os estudantes através dos estágios de formação de equipes.
  • Disponibilizar tempo e oportunidades para que eles desenvolvam habilidades de liderança, tomada de decisões, confiança, comunicação e gerenciamento de conflitos.
  • Planejar e executar protocolos para lidar com conflitos e resolver problemas em suas equipes.
  • Estabelecer expectativas e normas para trabalhar em conjunto.
Para evitar um problema recorrente em atividades em grupo, onde muitas vezes um único membro realiza todo o trabalho, podemos:
  • Criar pequenos grupos de no máximo quatro ou cinco pessoas para que todos participem.
  • Assegurar responsabilidades individuais por meio de avaliações, como por exemplo, elaborar um questionário onde o estudante responda individualmente, com base no resultado de sua atividade colaborativa.
  • Complementar o processo avaliativo com autoavaliações por parte dos estudantes e a avaliações por pares (esforço próprio e de cada membro da equipe por competências elencadas).
  • Desenhar funções rotativas, como gerente, monitor, redator e líder de modo em que todos possam passar pelos papéis a cada sub-tarefa da atividade.

CONCENTRE-SE EM FORTALECER E PROLONGAR A EXPERIÊNCIA

O desafio de projetar “boas” atividades colaborativas está em garantir que todos os estudantes desempenhem um papel importante. A colaboração não deve apenas fortalecer as competências existentes dos estudantes. Ela também deve garantir que suas interações expandam os campos de conhecimento existentes, bem como os conhecimentos uns dos outros. Se, por exemplo, um estudante domina mais um assunto ou tem uma habilidade específica para determinada atividade, ele pode ensinar outros sob orientação do docente, estimulando-se assim a aprendizagem por pares.
Por fim, em atividades colaborativas queremos garantir que os estudantes não apenas ocupem o mesmo espaço físico, mas que compartilhem um espaço intelectual. Ou seja, que aprendam mais, façam mais e vivenciem mais juntos do que sozinhos.
Como professores, podemos promover uma verdadeira colaboração, mudando nosso papel de instrutor para orientador. Para isso devemos promover a autonomia dos estudantes, fornecer feedback imediatos e auxiliá-los na aprendizagem que envolve o trabalho em conjunto em prol de um objetivo comum.

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